ODONTOLOGIA ESTÉTICA E REABILITADORA

"A Saúde Começa Pela Boca!"





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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sorriso Saudável

Um roteiro de cuidados básicos para garantir a limpeza dos dentes e afastar o risco de cáries

O cuidar dos dentes encerra vantagens que vão além de um belo sorriso. É garantia de boa saúde. Hoje se associa a proliferação de bactérias na boca ao surgimento de doenças graves, inclusive processos infecciosos no coração. Especialistas ouvidos por Época respondem às principais dúvidas em relação aos cuidados cotidianos com a dentição.

Quantas vezes é necessário escovar?
Devem ser feitas pelo menos três escovações por dia, depois das principais refeições: café da manhã, almoço e jantar. Mas o ideal é limpar os dentes após a mastigação de qualquer alimento.

Quanto tempo deve durar a escovação?
O que importa é a qualidade da escovação, que deve começar pelo uso da fita ou do fio dental. O ideal é dedicar a ela de 10 a 15 minutos. Se não for possível, recomenda-se caprichar em pelo menos uma das escovações. De preferência à noite, porque a salivação e os movimentos da língua diminuem durante o sono e interrompem o processo de autolimpeza da boca. É uma tarefa para ser feita diante do espelho, assim é possível verificar se os movimentos estão corretos e os dentes limpos.

Qual é o melhor tipo de escova de dentes?
A escova deve ter cabeça pequena e cerdas arredondadas para não machucar a gengiva. Bons modelos são a Oral-B 30 e a Pró-415. Deve-se evitar as que têm cerdas duras e cabeças grandes. Para as crianças, as melhores escovas são as de cerdas macias e uniformes. Vale lembrar que o tempo útil de uma escova macia é de cerca de 45 dias. Para conservá-la, é preciso lavá-la bem em água corrente depois da escovação, mantendo-a em lugar limpo e arejado. De preferência seca, para não atrair fungos.

O que é melhor: fio ou fita?
A fita é mais indicada porque toca uma superfície maior do dente. Mas há pessoas que se dão melhor com o fio dental. O importante é sempre usar um ou outro produto antes da escovação, em suaves movimentos de vaivém entre os dentes. O fio e a fita são armas importantes na remoção da placa que se forma entre os dentes, local que muitas vezes a escova não alcança.

Como usar a escova interdental?
As escovas interdentais e as unitufos, de formato cônico, são instrumentos complementares para uma limpeza adequada. Ambas são indicadas para fazer a remoção da placa bacteriana nas áreas de difícil acesso, nos aparelhos ortodônticos, no espaço entre os dentes e sob as próteses (pontes) fixas. Com elas é possível retirar os resíduos que se acumulam atrás dos últimos dentes.

É preciso escovar também a língua?
Sim. A língua abriga bactérias, portanto é necessário que seja escovada com creme dental para a completa limpeza da boca. A operação deve ser feita com calma e delicadeza. Em todas as etapas da escovação, recomenda-se suavidade nos movimentos.

Qual é a pasta de dente ideal?
Além de facilitar a escovação, o creme dental ajuda a soltar a placa bacteriana. Os mais indicados são os que contêm flúor – e quase todos incluem a substância na fórmula. Não há diferenças relevantes entre pasta e gel dental. O mais importante, no momento da compra, é conferir a data de validade do produto. E, na hora da higiene, recomenda-se colocar pouco creme na escova.

Quando ganhar a primeira escova?
Os pais devem cuidar da higiene bucal do bebê desde o nascimento, fazendo diariamente a limpeza com uma gaze ou uma fralda embebida em água limpa. Com o surgimento dos primeiros dentes, a higiene deve ser realizada com escovas bem macias.

Vale a pena usar escovas elétricas?
As elétricas não funcionam tão bem quanto as convencionais. São indicadas, no entanto, para pessoas que têm algum tipo de dificuldade motora para usar a escova comum.

Com que freqüência se deve ir ao dentista?
A Associação Brasileira de Odontologia fala em uma consulta a cada seis meses, mas não há evidência científica que confirme a recomendação. Na verdade, a periodicidade depende muito do risco de cada paciente. Crianças e adolescentes precisam, de modo geral, fazer visitas mais freqüentes. Adultos, especialmente os mais cuidadosos, podem espaçar mais. Há os que ficam dois anos sem ir ao dentista e não têm problemas.

Anti-sépticos bucais funcionam?
São bons coadjuvantes. Deve-se seguir a orientação dos fabricantes, mas o ideal é usar os anti-sépticos sempre depois da escovação. Trata-se de um complemento que não substitui a ação das cerdas e dos fios dentais. Esses líquidos têm sido contra-indicados para crianças de até 12 anos: componentes da fórmula podem provocar irritações e desconfortos desnecessários.

Alimentos dietéticos provocam cáries?
Depende. Os refrigerantes diet não contêm açúcar, mas o gás produz alguma acidez na boca e cria ambiente propício ao surgimento da cárie. São menos prejudiciais, porém não inofensivos. Já os chicletes sem açúcar oferecem vantagens. Embora não previnam cáries nem substituam a escovação, massageiam a gengiva e estimulam a salivação, que neutraliza os ácidos da placa bacteriana. Deve-se combater a ingestão excessiva de café, mesmo usando adoçante. Além de escurecer os dentes, a bebida estimula a proliferação de bactérias na boca. Os alimentos que realmente não provocam cárie são os duros e fibrosos, como verduras, legumes e frutas. Eles estimulam a mastigação e aumentam o fluxo de saliva.

A mamadeira noturna provoca cáries?
A noite foi feita para dormir. Não se deve acostumar a criança a tomar mamadeira durante a madrugada porque os resíduos do leite passarão muito tempo na boca, provocando descalcificações e o aparecimento de cáries. Também não se deve assoprar ou experimentar os alimentos antes de dá-los às crianças nem beijá-las na boca. Essas atitudes facilitam a transmissão de bactérias por meio da saliva do adulto. O leite materno, contudo, é fundamental à formação de uma dentição sadia.

Vale a pena trocar amálgama por resina?
Obturações com amálgama são mais resistentes, mas há resinas com durabilidade e qualidade semelhantes. A grande vantagem da resina é estética – elas reproduzem a cor original do dente. Técnicas de restauração evoluem no sentido de alcançar a perfeita união entre saúde e beleza. Há quem prefira dentes uniformemente brancos por uma questão de vaidade. A maioria dos especialistas, contudo, não recomenda a substituição se as obturações de amálgama não apresentarem deficiências. A opção pela estética custa caro: em muitos consultórios, a aplicação de resina encarece o tratamento em cerca de 50%.

Gestantes são mais suscetíveis?
A gravidez não estraga os dentes, mas as alterações hormonais podem modificar a química da saliva e abrir espaço para as cáries. Por isso, gestantes devem ter cuidado redobrado com a escovação, além de uma dieta equilibrada.

Por que criança tem mais cárie que adulto? Pelo apreço às guloseimas e pela pressa na hora da escovação. Adultos têm menor predisposição a cáries porque a boca já está mais habituda às bactérias e os dentes ganham, com o tempo, uma camada protetora com o acúmulo de minerais.

Beber água previne cáries? A água faz bem para tudo, e a saúde bucal também depende dela. Torna a saliva menos ácida, auxiliando a higiene dos dentes. Aconselha-se aumentar sua ingestão.

Vale tomar flúor além do que há na água?
Sim, mas sempre com a orientação do dentista. Em altas doses, o flúor pode provocar uma alteração no esmalte do dente chamada fluorose. O distúrbio provoca manchas nos dentes. Uma das principais causas tem sido atribuída à ingestão de cremes dentais com a substância em regiões onde a água já é fluoretada.

Consultoria: Helenice Biancalana, especialista em Odontopediatria

fonte: Revista Época
Imagem: Cult ou pop