ODONTOLOGIA ESTÉTICA E REABILITADORA

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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Medidas para controlar o mau hálito crônico

Em quase 90% dos casos o mau hálito tem origem em problemas na boca, como, por exemplo, doenças das gengivas e amígdalas, além de cáries. Outro fator importante é a saburra na parte posterior da língua, a placa bacteriana esbranquiçada ou amarelada que aparece devido à diminuição da produção de saliva (uma causa é o uso de remédios) e/ou de descamação da mucosa da boca. Até alimentos, como condimentos, e drogas contribuem para o odor ruim da boca, diz o dentista Silvio Brandão, chefe do Serviço de Odontologia do Hospital Federal Cardoso Fontes e responsável na unidade pelo tratamento odontológico de pessoas com necessidades especiais. Segundo ele, às vezes basta fazer uma ótima higiene oral para resolver. Mas é preciso investigar o sintoma, que pode estar associado a alterações hormonais e do estômago.

Qual é a diferença entre mau hálito matinal e o problema crônico?

SILVIO BRANDÃO : O mau hálito matinal é fisiológico e encontrado também em indivíduos saudáveis. Ele ocorre por conta do longo período de jejum durante o sono. O nosso organismo, para suprir suas necessidades calóricas, usa gorduras que, no seu processo de degradação, formam substâncias aromáticas que serão eliminadas pelos pulmões. Além disso, ocorre uma baixa produção de saliva, e as células epiteliais vão se descamando e ficando na boca. Como não nos alimentamos durante o sono, não deglutimos e não temos a ação detergente da saliva. Então essas células entram em putrefação. Outras formas de halitoses podem ter causas locais, sistêmicas e psicológicas.

Quais são as causas de halitose e como é feito o diagnóstico?

BRANDÃO : A halitose é multifatorial e pode se relacionar com os fatores locais, como os de origem bucal (cáries e lesões na boca) e não bucal (rinites, faringites, amigdalite, sinusites etc). Há também fatores sistêmicos (como problemas gastrintestinais, pulmonares, renais, hormonais, diabetes, entre outros). As cáries profundas, por exemplo, provocam significativa retenção de alimentos, que entram em decomposição ou atingem a polpa do dente, provocando focos purulentos. Outra causa frequente do mau hálito em adultos é a doença das gengivas, a infecção microbiana subgengival que causa destruição dos tecidos de sustentação dos dentes. A halitose também pode ser resultado de lesões na cavidade bucal, provocadas pelo fumo e uso de álcool e drogas, como cocaína e heroína ou por tratamento radioterápico. Até mesmo próteses mal ajustadas podem causar mau cheiro na boca. Para um diagnóstico preciso, muitas vezes é necessário consultar profissionais de diversas especialidades, como gastroenterologista, pneumologista ou endocrinologista.

Como se previne a halitose?

BRANDÃO : A halitose pode se manifestar em decorrência da ingestão de alimentos, como condimentos, e medicamentos, como antibióticos, antiparasitários e alguns anti-hipertensivos. Daí a importância de investigar bem fatores desencadeantes. A higiene oral previne o mau hálito de origem bucal. Portanto, deve-se ter uma atenção na escovação dos dentes, com o uso de técnicas adequadas, limpando a língua para eliminar a saburra, além de usar fio dental e de enxaguatórios bucais, com orientação do dentista.

O tratamento depende da causa, mas quais são os mais indicados?


BRANDÃO : O mais importante realmente é definir a causa. A halitose matinal é eliminada pela escovação. Muitas vezes basta criarmos o hábito de escovar a língua ou, em visita ao dentista, eliminarmos cáries, doenças periodontais, próteses mal adaptadas etc. Quando o problema é causado por doenças ou uso de medicamentos ou drogas, o dentista deve orientar o paciente, e até mesmo fazer contato com o médico deste, para uma adequação das doses de medicamentos ou sua substituição. Cabe lembrar que a maioria das pesquisas realizadas concluiu que 87% das causas de halitose são de origem bucal, e que 32% destas têm origem nas gengivas.

fonte: Jornal Extra
Imagem: Vila Mulher