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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Cientistas chineses usam urina para recuperação de dentes

Cientistas chineses foram buscar em uma fonte inusitada células humanas que, depois, foram reprogramadas para regredirem ao estágio de células-tronco e crescerem para formar estruturas básicas de um dente: o xixi. Segundo os pesquisadores do Instituto de Biomedicina e Saúde de Cantão, a urina provê material suficiente para ser usado em terapias de medicina regenerativa, que prometem, no futuro, produzir não só dentes como órgãos e outros tecidos em laboratório, pondo fim às filas para transplantes e aos riscos de rejeição, já que eles teriam o mesmo DNA do paciente.
E a técnica também está sendo experimentada no Brasil. Ao longo das duas últimas semanas, o biólogo polonês Jarek Sochacki, que faz seu pós-doutorado no Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias da UFRJ (Lance), vem cultivando células retiradas do xixi de voluntários com o objetivo de posteriormente reprogramá-las e usá-las em estudos na área.
— O primeiro motivo para usar a urina como fonte é que é muito fácil obter as células nela, afinal, todos fazemos xixi — diz Sochacki.
Segundo o cientista, bastam entre 200 e 300 mililitros de urina do paciente para ter células suficientes para serem reprogramadas. A outra vantagem, conta, é que o método é não invasivo, dispensando, por exemplo, as biópsias para obtenção de fibroblastos.
Estas células da pele foram as usadas pelo japonês Shinya Yamanaka, ganhador do Nobel de Medicina do ano passado, na pesquisa que lhe rendeu o prêmio, na qual demonstrou que é possível forçar a regressão de células de tecidos maduros e já diferenciadas ao estágio de células-tronco similar ao das embrionárias.
Conhecidas como células-tronco de pluripotência induzida (iPS, na sigla em inglês), elas poderiam então ser transformadas em novos tecidos e órgãos sem a necessidade, e as questões éticas, de manipular embriões humanos.
— O método pode ser útil quando o paciente for um bebê ou uma criança, evitando o trauma de um biópsia — defende Stevens Rehen, coordenador do Lance-UFRJ.
Rehen explica ainda que, teoricamente, não há razão para acreditar que outros tipos de células, como os encontrados na saliva, também não possam ser reprogramados em iPS, mas destaca que, por enquanto, os estudos têm se concentrado naqueles em que já se provou possível, como os fibroblastos, tipo presente na urina, no sangue e em alguns outros tecidos.
— É uma tecnologia muito nova, então simplesmente não sabemos ainda se é possível reprogramar qualquer tipo de célula — conta. — No caso da urina, por exemplo, só tem dois ou três laboratórios no mundo trabalhando com estas células, entre eles o Lance.

fonte e imagem: Jornal O Globo