ODONTOLOGIA ESTÉTICA E REABILITADORA

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domingo, 25 de julho de 2010

Paciente Hipertenso e a Odontologia

O que é?
A hipertensão arterial sistêmica é uma doença que acomete várias pessoas do mundo e é considerada um fator relevante no estabelecimento da causa de morte, mais significativamente em países desenvolvidos do que naqueles em desenvolvimento. A prevalência encontra-se no intervalo de 15 a 20% da população. A hipertensão permanece como um dos grandes desafios contemporâneos e vem se transformando, progressivamente, num dos mais graves problemas de saúde pública, atingindo em especial os mais idosos. No Brasil, por volta de 15% dos indivíduos adultos são considerados hipertensos.
A hipertensão é definida como a elevação anormal da pressão sangüínea sistólica arterial, em repouso, acima de 140 mm Hg e/ou a elevação da pressão sangüínea diastólica acima de 90 mm Hg, (sendo que atualmente este nível da pressão diastólica já está sendo considerado como em torno de 80 mm Hg). Aproximadamente 10% a 20% da população adulta que freqüenta o dentista é afetada pela doença. Além disso, essa doença implica no endurecimento das paredes vasculares, o que dificulta a passagem do fluxo sangüíneo.
Feito o diagnóstico, é necessário um tratamento medicamentoso, usando, dentre outros medicamentos, os diuréticos (Moduretic, Diclotride) e os betabloqueadores (Inderal), que não apresentam efeitos colaterais significativos.

Hipertensão x Odontologia
O cirurgião-dentista precisa estar consciente da necessidade de reconhecer esta condição de saúde, para assim poder realizar o correto manejo desse paciente especial. A anamnese bem detalhada, ressaltando aspectos importantes como a idade, a hereditariedade e os hábitos de vida deste paciente que muitas vezes desconhece ser portador da doença e o exame físico, são de fundamental importância no seu reconhecimento residindo aí a oportunidade de se prevenirem situações de emergência médica, além do que insere o cirurgião-dentista no grupo de profissionais de saúde.
Pacientes que apresentem pressão arterial controlada ou leve suportarão todos os tratamentos não cirúrgicos e cirúrgicos simples, executados normalmente. As extrações múltiplas, ou a cirurgia periodontal por quadrantes ou em toda a arcada, ou outros atos cirúrgicos, podem exigir o emprego das várias técnicas de sedação ou sedativos e tranqüilizantes por via oral, como o diazepam (Valium), algum tempo antes da consulta.
O paciente com hipertensão moderada não diagnosticada deve ser encaminhado ao médico para avaliação.
No caso de hipertensão diagnosticada e tratada, o dentista deve consultar o médico do paciente, ao iniciar o plano de tratamento, para tomar possível a integração dos tratamentos médico e dentário. Esses pacientes podem ser submetidos a tratamentos não cirúrgicos pelos métodos normais, e em caso de atos cirúrgicos simples deve se utilizar sedação complementar. Os atos cirúrgicos intermediários e extensos geralmente não devem ser executados no consultório, nos pacientes com hipertensão moderada. A cirurgia pode ser mais bem executada em ambiente cirúrgico hospitalar, onde existe suporte médico para controle da hipertensão aguda.
O paciente com hipertensão grave deve ser submetido apenas a exames mais simples, como radiografias, instruções sobre higiene bucal, moldes para modelos de estudo. Esse paciente deve ser encaminhado ao médico para controle, antes de tratamento dentário adicional.
Em relação a anestesia indica-se o uso de anestésicos com vasoconstrictor.Dentre os vasoconstritores adrenérgicos, a Epinefrina é a mais indicada no atendimento a pacientes com hipertensão controlada. Se utilizada em doses terapêuticas e evitando a administração intravascular, as alterações pressóricas que poderiam ocorrer, como a elevação da pressão sistólica, são compensadas por uma redução da resistência vascular periférica e, conseqüentemente, diminuição da pressão diastólica.

Incentiva-se que a medida de pressão seja realizada rotineiramente nos consultórios de odontologia.
Além disso, vale ser lembrado também que a redução no grau de estresse, bem como o controle da ansiedade e do medo frente a um tratamento odontológico são benéficos no atendimento a pacientes hipertensos. O profissional da odontologia deve manter sempre diálogos com os médicos responsáveis, para saber se os procedimentos planejados oferecem riscos aos pacientes, pois somente com um trabalho integrado pode ser alcançado um completo atendimento dos pacientes hipertensos.

fonte:Bibliomed
Imagem:Guia Saúde