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terça-feira, 1 de junho de 2010

Escova de dente não deve ficar na pia, nem ser enxugada na toalha


Quente, úmido e abafado - assim é o ambiente ideal para a proliferação de bactérias. E assim fica sua escova de dente quando você a guarda no armário do banheiro ou em estojo próprio. Apesar disso, a população não cultiva o hábito de higienizar a escova de dentes regularmente, segundo pesquisa feita na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP (Universidade de São Paulo).

"Se não for feita a higienização correta da escova após o uso, ela se torna propícia à multiplicação das bactérias naturalmente presentes na boca e que, durante a escovação, alojam-se nas cerdas", explicou o professor Paulo Nelson Filho, da Forp, à Agência USP de Notícias.
Ele explica que, na boca, se encontram cerca de 900 espécies de bactérias, capazes de viver até 24 horas entre as cerdas das escovas dentais. Os microorganismos se multiplicam e tornam a entrar em contato com a boca na próxima escovação, o que aumenta a probabilidade de doenças como a cárie dental, alterações gengivais e lesões da mucosa bucal.
Para o pesquisador, a higienização da escova dental deve entrar para a rotina das pessoas. "Assim como ninguém reutiliza fio dental ou veste a mesma roupa por dias seguidos, a desinfecção desses itens é um hábito de higiene pessoal que deve ser adquirido", completa o especialista.
Apesar de não existirem estudos comparativos entre indivíduos que desinfetam suas escovas e aqueles que as guardam sem qualquer procedimento higiênico, Nelson Filho afirma que já foram detectados casos de pacientes cuja incidência de lesões na mucosa diminuiu depois de adotado o hábito de higienização.

Como fazer a higienização?

O professor da FORP recomenda a utililização de agentes antimicrobianos disponíveis no mercado (como enxaguantes bucais), acondicionados pelo próprio paciente em frascos de plástico ou vidro, em forma de spray. O produto deve ser borrifado nas cerdas e na cabeça da escova uma vez ao dia, após a escovação noturna.
O professor complementa, ainda, que o próprio creme dental pode colaborar para a higienização da escova. Os mais indicados, segundo ele, são aqueles que contêm flúor e, mais especificamente, que apresentam "ação total ou global".
Além disso, o usuário deve estar atento para a higienização em água corrente antes da próxima escovação, para retirar as bactérias mortas. "Depois do uso, deve-se bater o cabo da escova na pia, para eliminar o excesso de água, mas nunca secá-la em toalha de banho ou rosto", recomenda Paulo, que indica três meses, em média, como o tempo ideal entre a troca da escova velha por uma nova.
Em relação ao armazenamento, o professor aponta que a escova não deve ficar sobre a pia. "O banheiro é o local mais contaminado de uma casa. Temos pesquisas que comprovam a presença de coliformes fecais alojados em escovas, em função das descargas e da proximidade com o vaso sanitário", expõe ele. Portanto, o melhor é guardar a escova no armário do banheiro, mas - atenção! - só depois de desinfetada.
O próximo passo nas pesquisas do grupo é a análise de escovas, recém-lançadas no mercado, que apresentam ação antimicrobiana para reduzir o acúmulo de bactérias nas cerdas.

fonte: UOL - Com informações da Agência USP de Notícias
Imagem: Blog Dra. Amanda Lima