ODONTOLOGIA ESTÉTICA E REABILITADORA

"A Saúde Começa Pela Boca!"





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sábado, 8 de maio de 2010

Alterações Na Mordida Podem Provocar Enxaqueca

O barulho do aparelhinho é irritante. Cadeira de dentista e dor de dente formam um cenário conhecido por muita gente. O surpreendente é encontrar ali solução para outros problemas.

Conheça terapias e tratamentos que ajudam a combater a dor

Desde a adolescência, a artesã Glória Van Burssel vinha sofrendo de dores no pescoço e nas têmporas que se irradiavam por todo o corpo.
"Quando você tem dor jovem, vai ao médico e é a tal dor do crescimento", diz Glória.
Crescer não dói. O que é doloroso, uma via-crúcis, é não saber o porquê de tanto sofrimento. Glória fez de tudo: acupuntura, shiatsu, remédios, até os sisos ela tirou. E nada de se livrar da dor. Mas foi justamente uma profissional da área, que cuida de Dor Orofacial, que acabou matando a charada.
"Em criança, ela começou a ter algumas alterações na mordida. Isso afeta a formação da mandíbula e o encaixe dela na articulação. A boca é um ponto de equilíbrio para a postura da cabeça e da coluna cervical", explica a Odontologista Florence Sekito, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
E existem algumas dicas para detectar o problema. "Eu sentia dificuldade para abrir a boca, tinha estalidos. Às vezes, eu tinha a impressão de que dava uma deslocada. Churrasco, por exemplo, era cansativo para mim porque eu tinha que fazer mais força na mastigação", conta Glória.
Outro sinal que dá o alerta de que algo vai mal nas articulações da mandíbula é o Bruxismo, o ranger dos dentes durante a noite, que afeta inclusive o sono.
"Uma pessoa normal só deve encostar os dentes de quatro a doze minutos por dia. São frações de microssegundos em que os dentes se tocam. Um bruxista pode chegar à soma de 200 minutos. Obviamente, isso sobrecarrega musculatura e a articulação e fragmenta o sono. A qualidade do sono fica muito ruim", diz a doutora Florence Sekito.
Outro alarme vem da postura incorreta ao dormir. Uma pesquisa feita na Clínica da Dor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) aponta que de 60% a 70% dos pacientes dormiam de barriga para baixo ou com a mão debaixo do rosto.
"Nossa cabeça tem cerca de cinco quilos sobre uma articulação que é mais ou menos do tamanho do dedo mindinho de cada um. É como imaginar um melão sobre a pontinha do dedo. Então, obviamente, sobrecarrega", constata doutora Florence Sekito.

Uma placa de resina colocada entre as mandíbulas, que evita o desgaste dos dentes, fez de Glória outra pessoa. "Quando você está com o aparelho, fecha a boca de forma correta e realmente relaxa", diz.

Exames, médicos, especialistas, remédios, tratamentos. O desespero da dor tinha uma barata e simples solução. Nesse caso, foram mais de 20 anos de luta. Mas, para Glória, o alívio chegou.

Antes tarde do que nunca!

fonte:http://g1.globo.com/globoreporter

Imagem: http://www.isabel.odo.br