ODONTOLOGIA ESTÉTICA E REABILITADORA

"A Saúde Começa Pela Boca!"





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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Medo Transmitido Por Gerações

Hora da anestesia. Fernanda está tranqüila. Mas a mãe... "Eu fico mais apavorada do que ela", diz Luciana Cardoso, analista de sistema.
E quando começa aquele barulhinho do motor... "Eu suo frio, meu coração dispara", diz ela.
É trauma de infância e o comportamento dos adultos pode atrapalhar as crianças. É o que diz uma pesquisa da Unicamp em parceria com a Universidade de Brasília. O estudo analisou as reações dos pais durante a consulta.
Quarenta sessões foram filmadas e as crianças deram trabalho. Não queriam nem deitar na cadeira e às vezes até agrediam para se livrar do tratamento. Todos os pacientes tinham cárie e medo de dentista. Na hora do atendimento, sem querer, as mães aumentavam o receio.
"Às vezes eles fazem essas caretas tipo assim, agonia de ver o sangue. Aí eu olho pro pai e digo 'melhora esse sorriso, mamãe'", diz a dentista Ilana Marques.
Antes da consulta Ilana chama os pais para uma conversa e pede que eles se comportem. Kátia ficou tranqüila e os meninos à vontade. Artur e Bruno, de seis e três anos, brincam no consultório. Medo de dentista? "Não", diz um dos meninos.
Katia segue à risca outra dica da pesquisa. Nada de recompensa depois da consulta. "Dizer que para ele ir ao dentista a gente vai dar um prêmio, isso eu não faço", diz Katia Rezende, funcionária pública.
A pesquisa condena um erro freqüente que é segurar a criança à força na cadeira e recomenda: quanto mais cedo for a primeira consulta, melhor. Ana Luiza tem apenas dois meses e já foi ao dentista.
"Embora eu não tenha tido boas recordações do dentista, eu tenho que me controlar pra poder mostrar segurança pra que ela se sinta à vontade mesmo sendo um bebê", diz a geógrafa Patrícia Vasconcelos.
O coordenador da pesquisa diz que isso de fato diminui o risco da criança se tornar um adulto traumatizado.
"São adultos que vão ter dificuldade de enfrentar o dentista, vão tender a adiar consultas, vão procurar o dentista normalmente quando a condição de dor já está extremamente elevada", diz Áderson Luiz Costa, professor de Psicologia da UNB.
Um risco que Fernanda, de oito anos, já não corre. "Eu acho legal e não fico com medo, porque sei que vai deixar meu dente limpo", diz ela.

fonte:http://g1.globo.com/jornalhoje